Quando decidi que iria dedicar-me às Artes Visuais através do desenho e a pintura não abandonei a profissão de professor, pude acompanhar grupos de jovens sobre a educação visual e motivar o interesse pelo processo criativo. Creio que foi em 1976 que conheci os livros de Emanuel Ribeiro, O Doce Nunca Amargou e A Arte do Papel Recortado em Portugal, ambos os livros têm uma relação, porque a Arte do Papel Recortado esteve associada a enfeites para caixas de doces regionais, em diferentes lugares, Viseu, Évora, Setúbal, Vila Real, Braga, Guimarães, Tomar, Elvas, Portalegre, Lobrigos (Santa Marta de Penaguião), Coimbra, Barcelos, Águeda, mas papéis recortados existiram em adornos de castiçais, arandelas e prateleiras de cozinha, também. Os meus alunos recortaram papéis e fizeram pequenas maravilhas. Apliquei o papel recortado em pinturas que realizei, e faz sentido haver um encontro no Centro de Arte de Ovar desafiando jovens estudantes das escolas de Ovar a criarem algo através do papel recortado.
No âmbito da exposição Querer Dizer– Emerenciano, 50 anos entre a pintura e a escrita – 1973/74 a 2023/24.