Ao longo do tempo, em diferentes momentos, a cidade escreve na sua pele, tatua-se! Ora são os grafiteiros que tentam ser artistas; ora são os namorados apaixonados que lá deixam as juras; depois vem aquele que quer gritar ou contar um segredo a ninguém. E assim se vão fazendo as paredes, a várias mãos, com diferentes almas e vontades, aparentemente sem que nada as una, cada uma com o seu pecado (ira, preguiça, muita luxúria, inveja de não terem museu).É então que por elas ao passar, rasga da parede um quadrado, um retângulo, (como um fotógrafo que retalha o mundo), pondo-o de baixo do braço e levando-o consigo para o mostrar noutra parede, mais erudita, submetendo-se ao olhar crítico dos que apreciam a fine art. A maioria das obras agora exibidas nunca foram expostas e integram as séries urbanas do artista, num convite a olhá-las de perto: TAKE A LOOK.