Numa tentativa de recriar os “tempos idos” que Júlio Dinis testemunhou em Ovar, no final do verão de 1863, e descreveu na sua obra As Pupilas do Senhor Reitor, procuram-se as espigas de “milho rei”. Mandava a tradição, quem encontrasse as espigas de “milho rei” tinha que dar uma volta a todos os trabalhadores, distribuindo abraços.Tradicionalmente, era também este um dos momentos em que os rapazes e as raparigas se encontravam e “trocavam olhares” e um ou outro “passar mais perto”. Sempre presentes estavam os tocadores,que animavam o trabalho com as suas concertinas.Seguindo a sabedoria popular, pretende-se transmitir, num formato contemporâneo, a troca de uma vivência, convidando à participação do público.
No âmbito das Jornadas Europeias do Património