SINFONIA N.º 9 – 200 ANOS
À Orquestra Filarmonia das Beiras juntam-se a Orquestra e o Coro do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, sob a direção do maestro convidado Luís Carvalho.
A figura de Ludwig van Beethoven marcou uma época de transformação. A sua última sinfonia, escrita entre 1822 e 1824, revela diversas tendências nesse processo. Motivada por uma encomenda da Philharmonic Society de Londres, a obra foi estreada no Theater am Kärntnertor, em Viena, e dedicada a Frederico Guilherme III, rei da Prússia. Beethoven recapitulou os moldes do ideal sinfónico que contribuiu para estabelecer, enriquecendo-os com solistas e coro no andamento final. Assim, condensa vários elementos do Classicismo tardio, como a expansão tímbrica e numérica da orquestra e a influência da música coral usada para educar e galvanizar multidões nos anos que se seguiram à Revolução Francesa. Para isso, Beethoven selecionou um poema de Friedrich Schiller que o assombrava desde a juventude. O “Hino à Alegria” promove uma mensagem de igualdade e fraternidade cara ao compositor, que comunga da herança liberal da Revolução Francesa promovida por Schiller, ligando a educação das pessoas à arte.Com este concerto assinalam-se os 200 anos da sinfonia mais marcante da história da música, que raras vezes é possível ouvir ao vivo na sua grandiosa formação para coro e orquestra. Música de encher o coração, que expressa os ideais de liberdade, paz e solidariedade, escolhida para simbolizar a União Europeia.
A Orquestra Filarmonia das Beiras é uma Estrutura Financiada pelo Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes