Na música iniciou-se em 2009 com o EP “A Pele que Há em Mim”, seguindo-se os álbuns “Dá”, “Casulo”, “Quarto Crescente” e “Vai e Vem”. Em 2019 arrecadou o prémio José da Ponte da Sociedade Portuguesa de Autores, e ao longo destes anos conta com três nomeações para os Globos de Ouro da SIC/Caras, com os temas “Tempestade", “Insatisfação” e “A Pele que Há em Mim (Quando o dia entardeceu)”, este último em dueto com J.P. Simões.

Depois de uma estreia em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, Márcia dedicou-se à edição do seu primeiro livro - "As estradas são para ir" - uma combinação de ilustrações suas, letras de canções, crónicas e partilha de pensamentos, tendo sido premiada com este livro pela aRitmar (Galiza) e prémios Bertrand. Paralelamente participou com os seus textos em várias publicações, destacando entre elas as crónicas semanais no JN, durante o estado de calamidade decretado pela pandemia de 2020.

Em 2022 produz inteiramente e lança o seu quinto álbum, “Picos e Vales”, que apresenta por todo o país.

Em 2025 edita “Ana Márcia”, que define como um “regresso a casa”. O álbum divide-se em três capítulos e explora o lugar da infância do passado no primeiro; a jovem que encontra o amor e desamor no segundo, e que descobre, na maternidade, o regresso à sua própria infância através da magia da infância dos filhos, no terceiro. O disco conta com duetos com Catarina Salinas, Jorge Palma e Sérgio Godinho.

Márcia é um exemplo raro de consistência artística, destacando-se pela sua música cuidada, as suas letras e a voz que nos fala ao mais íntimo segredo em cada um de nós, o que a já consolidou como um dos talentos maiores da composição em língua portuguesa.