No ano em que se celebra o centenário de nascimento do guitarrista Carlos Paredes, juntamos dois aclamados músicos nacionais para falar do seu papel como grande renovador da tradição musical. Nesta “Conversa à Volta do Tanque”, integrada no INo-VAR AS LETRAS e moderada por Ana Freijo, João Diogo Leitão (viola braguesa) e Miguel Amaral (guitarra portuguesa), prestam homenagem ao célebre guitarrista, quer através da palavra, quer através da sua música.
A encerrar esta sessão, haverá um momento musical.
João Diogo Leitão tem um percurso musical intimamente ligado à guitarra clássica. Com formação superior na Universidade de Évora e, posteriormente, no Conservatório Real de Haia, assumiu-se desde cedo como um dos talentos da sua geração, tendo sido premiado e distinguido em vários concursos, destacando-se o 1º lugar no “Prémio Jovens Músicos”, Nível Superior. A descoberta da viola braguesa, o fascínio pelas suas características tímbricas e o potencial inexplorado deste instrumento desencadearam uma metamorfose. O primeiro registo a solo, intitulado ‘por onde fica a primavera’, foi feito em Serpa, no Musibéria e editado em álbum pela ‘Respirar de Ouvido’, em 2020.
Miguel Amaral, fascinado pela música de Carlos Paredes, estudou guitarra portuguesa com Samuel Cabral, José Fontes Rocha e, mais tarde, com Pedro Caldeira Cabral. Iniciou-se profissionalmente em 2005 e tem vindo a afirmar-se como intérprete e compositor. O seu percurso tem sido marcado pela vontade de expandir o repertório da guitarra portuguesa com especial incidência na música contemporânea, embora também no jazz e na música antiga. Tem-se apresentado regularmente em recitais a solo, bem como inserido em agrupamentos de música de câmara e orquestra. Da sua discografia em nome próprio constam os álbuns “Chuva Oblíqua” para Guitarra Portuguesa Solo e “Saudade”, em duo com o músico Yuri Reis.
No âmbito do «INOVAR AS LETRAS - À Escuta da Literatura»